A Escom, Ltd, sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, terá ocultado, segundo o Ministério Público, os beneficiários de eventuais comissões ilegais no negócio dos submersíveis. O Ministério Público suspeita de que a Escom, Ltd, uma sociedade offshore do Grupo Espírito Santo (GES) sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, terá escondido os beneficiários das comissões ilegais que terão sido pagas no negócio dos submarinos. Como h...á suspeitas de que terão sido pagas luvas de 1,6 milhões de euros, como preço de tabela, a diversos intervenientes no negócio, vários milhões de euros terão sido ocultados na Escom, Ltd.
Offshore esconde luvas dos submarinos
A Escom, Ltd, sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, terá ocultado, segundo o Ministério Público, os beneficiários de eventuais comissões ilegais no negócio dos submersíveis.
O Ministério Público suspeita de que a Escom, Ltd, uma sociedade offshore do Grupo Espírito Santo (GES) sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, terá escondido os beneficiários das comissões ilegais que terão sido pagas no negócio dos submarinos. Como há suspeitas de que terão sido pagas luvas de 1,6 milhões de euros, como preço de tabela, a diversos intervenientes no negócio, vários milhões de euros terão sido ocultados na Escom, Ltd.
A suspeita sobre o papel da Escom, Ltd, consta de um documento do processo ‘Portucale’, que o CM consultou no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), onde é indicado que o German Submarine Consortium (GSC) pagou à Escom mais de 30 milhões de euros, 'com aparente desproporção face à real intervenção de tal empresa no de-senvolvimento do negócio'. O documento diz que a Escom, Ltd, terá procedido à 'ocultação dos intervenientes e dos beneficiários finais do negócio e dos circuitos financeiros, em particular quanto ao pagamento de comissões com permanência no tempo e sem aparente explicação na lógica da associação entre o GSC e a Escom'.
O documento, assinado pelos procuradores Auristela Pereira e Rosário Teixeira, remonta a Julho de 2006, mas adquire uma nova actualidade após a revelação, em Abril deste ano, dos resultados da investigação do Ministério Público alemão à venda dos submarinos a Portugal. Até por causa das suas semelhanças.
Em 2006, a investigação portuguesa, a cabo da PJ e do DCIAP, apurou que 'a Escom Espírito Santo Commerce, SA, recebeu avultados pagamentos, a título da prestação de serviços, do GSC' e 'efectuou pagamentos a outras instituições não totalmente identificadas, no âmbito desse contrato de aquisição de submarinos, justificados, ‘aparentemente’, como contrapartidas, apoio jurídico e ‘fees’ [comissões] mensais'.
E em Abril de 2010 soube-se que as autoridades alemãs encontraram, após buscas à Ferrostaal (firma que integra o GSC), mais de uma dúzia de contratos de mediação e consultadoria que se destinavam a disfarçar o pagamento de alegadas luvas a 'decisores do Governo, dos ministérios e da Marinha de Portugal'.
As duas investigações apontam ainda para o pagamento de comissões de valor-base igual para os vários intervenientes. E essas luvas terão passado por um circuito financeiro que incluía, segundo as autoridades alemãs, a Escom, Ltd, e a Espírito Santo Resources.
SAIBA MAIS
CONCEITO DE OFFSHORE
Um offshore, ou paraíso fiscal, é um país ou região com um regime fiscal favorável para empresas e indivíduos estrangeiros. É usado para esconder a origem de dinheiro ou fugir ao fisco.
72
é o número de paraísos fiscais no mundo, segundo as estatísticas. O número quase duplicou nos últimos 25 anos.
1000
milhões de euros é a quantidade de dinheiro sujo anual que se estima possa entrar nos offshores.
MAR DAS CARAÍBAS
As Ilhas Virgens Britânicas, onde está sediada a Escom, Ltd, situam-se no mar das Caraíbas. São um território britânico ultramarino.
ESCOM GARANTE CONDUTA ÉTICA
O CM confrontou o Grupo Escom com as suspeitas do Ministério Público, mas os seus responsáveis remeteram para um esclarecimento anterior. É assim que o Grupo Escom garante que 'ao longo de todo o processo, pautou permanentemente a sua conduta pelos mais rigorosos padrões éticos, tal como é sua prática em todas as operações em que está envolvido'.
O Grupo frisa que 'cumpriu escrupulosamente todas as obrigações assumidas, tendo sido remunerado de acordo com as disposições do contrato'. E assegura que 'não teve qualquer intervenção na elaboração ou na negociação do contrato celebrado entre o Estado português e o GSC nem tem, neste âmbito, qualquer contrato com o Estado português'.
CRONOLOGIA
30/01/98 – Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 14 aprova Programa Relativo à Aquisição de Submarinos.
23/11/00 – Após a fase das negociações com o Estado português, que terminou a 7 de Novembro de 2000, DCN-I e GSC apresentaram as suas propostas.
05/05/03 – RCM n.º 67 aprova alterações no PRAS, depois de o Governo da coligação PSD-CDS ter efectuado um estudo exaustivo ao PRAS.
06/11/03 – Governo aprova a adjudicação dos dois submarinos ao GSC, com base em proposta apresentada pelo então ministro da Defesa, Paulo Portas.
21/04/04 – Os contratos de aquisição e contrapartidas dos submarinos são assinados por Paulo Portas e representantes do GSC.
06/01/05 – Departamento de Auditoria do BES informa o DCIAP, no âmbito da lei sobre o branqueamento de capitais, do depósito fraccionado de mais de um milhão de euros na conta do CDS-PP.
01/10/09 – Ministério Público acusa dez gestores de burla qualificada e falsificação de documentos no âmbito do contrato de contrapartidas dos submarinos.
PORTAS E PINHEIRO FORAM APANHADOS NAS ESCUTAS
Paulo Portas e Abel Pinheiro, então dirigente e responsável financeiro do CDS-PP, foram apanhados, no âmbito das intercepções telefónicas efectuadas no processo ‘Portucale’, em conversas suspeitas, que reforçaram os indícios de eventuais ilegalidades na aquisição dos submarinos ao consórcio alemão.
Em concreto, 'no decurso das escutas telefónicas foram interceptadas algumas conversas entre Abel Pinheiro e Paulo Portas, na altura responsável pelo Ministério da Defesa e líder do CDS-PP, que reforçam as suspeitas da existência de acordos ou de ‘compromissos’ secretos, citando--se a propósito as sessões 1358 e 4370', refere o documento assinado pelos procuradores Auristela Gomes Pereira e Rosário Teixeira, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
Com as suspeitas a apontarem na direcção do negócio dos submarinos, os investigadores, na sequência de buscas efectuadas às instalações da Escom e da Espírito Santo Resources, ambas do Grupo Espírito Santo, recolheram documentos que indicarão ter havido 'uma imposição da presença da Escom como intermediário desejado pelos representantes do Estado português'.
O Grupo Escom diz que 'apenas celebrou com o GSC um contrato pelo qual se obrigou unicamente a prestar assessoria na elaboração de uma estratégia global para o pacote de contrapartidas, no âmbito das regras legais aplicáveis ao concurso, e que incluía a prospecção e recomendação de eventuais fornecedores nacionais passíveis de serem integrados nessa mesma estratégia'.
CONTRATO FEITO À MEDIDA DE CONSÓRCIO
O DCIAP continua a investigar a compra dos submarinos ao GSC. E no processo das contrapartidas dos submarinos há um documento revelador do avanço da investigação.
As suspeitas indicam que 'os representantes do Estado português conduziram as negociações e celebraram aqueles contratos de forma a favorecerem os interesses do consórcio em detrimento do Estado português, em resultado do que o referido consórcio lhes terá proporcionado, a si ou a entidades terceiras, vantagens patrimoniais relevantes, que aqueles aceitaram'.
CONTAS DO CDS INVESTIGADAS
As contas do CDS-PP de 2004 e 2005 estão a ser alvo de investigação no âmbito do processo sobre a compra dos submarinos.
Ao que o CM apurou, os investigadores mantêm as suspeitas, como já tinha sido revelado no caso ‘Portucale’, de que o CDS-PP terá beneficiado de financiamentos oriundos da aquisição dos submarinos, cuja adjudicação ao GSC foi da responsabilidade de Paulo Portas, então ministro da Defesa do Governo da coligação PSD-CDS.
PARECER: SANTOS SILVA E A PGR
O ministro da Defesa já recebeu o parecer do Conselho Consultivo da PGR sobre o contrato dos submarinos, mas decidiu fazer novas perguntas sobre este assunto
CUSTO: PREÇO DERRAPA MILHÕES
O preço-base dos submarinos derrapou 63,6 milhões de euros, segundo o Ministério das Finanças, por força de ter sido actualizado após a assinatura do contrato
PROCESSO: CONTRAPARTIDAS
O processo das contrapartidas dos submarinos está em instrução. O Ministério Público pede uma indemnização de quase 34 milhões de euros a três gestores alemães e sete portugueses
A suspeita sobre o papel da Escom, Ltd, consta de um documento do processo ‘Portucale’, que o CM consultou no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), onde é indicado que o German Submarine Consortium (GSC) pagou à Escom mais de 30 milhões de euros, 'com aparente desproporção face à real intervenção de tal empresa no desenvolvimento do negócio'. O documento diz que a Escom, Ltd, terá procedido à 'ocultação dos intervenientes e dos beneficiários finais do negócio e dos circuitos financeiros, em particular quanto ao pagamento de comissões com permanência no tempo e sem aparente explicação na lógica da associação entre o GSC e a Escom'.
O documento, assinado pelos procuradores Auristela Pereira e Rosário Teixeira, remonta a Julho de 2006, mas adquire uma nova actualidade após a revelação, em Abril deste ano, dos resultados da investigação do Ministério Público alemão à venda dos submarinos a Portugal. Até por causa das suas semelhanças.
O poderoso destroyer americano “Donald Cook” a navegar no Mar Báltico sofreu ataques simulado de dois caças-bombardeiros russos SU-24 nos passados dias 11 e 12 deste mês . Um dos aviões aproximou-se de tal maneira que a guarnição sentiu o calor do jato e o vento provocado pela passagem da aeronave.
Os americanos aguentaram o seu sangue-frio e não dispararam os seus mísseis antiaéreos pois não tinham ordens do presidente Obama para o fazerem. Foi um dos casos mais graves de encontro de forças russas e americanas porque Putin considera o Báltico como o seu mar, apesar do navio americano não navegar em águas russas, mas estava próximo. O Pentágono declarou que se tratou de uma perigosa provocação russa que lembra o pior da guerra fria.
O navio americano tem o deslocamento de um cruzador da II. Guerra Mundial e está equipado com 7 radares diferentes e um poderoso sistema de guerra eletrónica do tipo Aegis para a luta contra mísseis e aviões atacantes, pertencendo à classe “Arleigh Burke” e foi comissionado em 1998.
O seu armamento é poderosíssimo, sendo constituído por:
90 mísseis RIM-156 SM-2 e BGM-109 Tomahawk de cruzeiro instalados recentemente em dois sistemas de lançamento vertical. Mais dois lançadores de mísseis Harpoon, 1 canhão automático Mark 45 de 127 mm, 2 peças de 25 mm também automáticas, 1 canhão antiaéreo multitubos Phalanx CIW 5 para abater alvos muito próximos e metralhadoras de 12,7 mm para enfrentar terroristas que se possam aproximar em pequenos botes.
Também está equipado com dois tubos lança torpedos Mk 32 e alberga um helicóptero equipado para a guerra antissubmarina SH-60 Sea Hawk
Nenhum couraçado da II. Guerra Mundial teve um poder de fogo minimamente equivalente ao deste já não muito novo destroyer americano. Até os porta-aviões com 30 ou 40 aviões não têm o poder dos mísseis Tomahwk que alcançam alvos a mais de mil quilómetros de distância.
A Guarnição é numerosa com 281 elementos. Enfim, bem diferente do novo super destroyer Zumawalt que pode navegar sem um único ser humano a bordo com um cérebro eletrónico capaz de tomar decisões bélicas e controlo remoto.
Foi dito nalguma imprensa que os SU-24 russos estavam equipados com um fantástico sistema denominado Kirby capaz de anular todos os radares de qualquer navio, mas, entretanto, os russos disseram que aqueles SU-24 não traziam o tal sistema, mas que o possuem. Se os tivessem utilizado, os americanos ficavam a saber como funcionam.
Além disso, não depende tudo dos radares, pois os navios americanos estão equipados com a chamada optrónica ou ótica eletrónica com câmaras vídeo e sensíveis aos raios infravermelhos que detetam passivamente qualquer objeto a voar ou navegar durante o dia e a noite e em todas as condições meteorológicas.
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