Aqui o autor - Dieter Dellinger - ex-redator da Revista de Marinha - dedica-se à História Náutica, aos Navios e Marinha e apresenta o seu livro "Um Século de Guerra no Mar"

Terça-feira, 12 de Junho de 2007
A Batalha da Jutlândia

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No início do ano seguinte, 1916, o almirante Von Pohl teve de ser substituído pelo vice-almirante Reinhardt Scheer que recebeu autorização do Imperador para assumir maiores riscos. Logo em Maio de 1916, Scheer organiza um ataque em grande escala aos portos britânicos de Lowestoff e Yarmouth. Foi um fiasco total, o cruzador de batalha Seydlitz choca com uma mina sem se afundar, mas teve de regressar prontamente à base, enquanto o resto da frota alemã, ao ter conhecimento que os ingleses foram avisados a tempo e já estavam no mar, fez meia volta para regressar humilhada às suas bases.

 

A falta de acção em combate associada à permanência contínua em estado de alerta nos seus navios era algo que começava a corroer o espírito das guarnições alemãs, cada vez mais influenciadas pelo Partido Social-Democrata dos Trabalhadores que sempre se opôs à corrida aos armamentos navais, avisando que isso iria conduzir a Alemanha a uma guerra contra muitas nações, da qual nunca poderia sair vencedora.

 

A verdade aí estava, milhões de alemães atolavam-se nas trincheiras, sacrificando inutilmente as suas vidas. Os ingleses, pelo menos, sentiam que os mares do planeta lhes pertenciam, mesmo parados nas regiões de clima frio da Escócia e das Orcadas. “Dominavam” o espaço marítimo porque eram aliados das quatro restantes “potências” marítimas: os EUA, ainda neutros, o Japão, a França e a Itália, já a combaterem ao lado da Grã-Bretanha. Mesmo assim, o grosso da sua marinha de guerra estava amarrada aos portos bem abrigados, manietada pelo fantasma da marinha alemã.

 

Pouco tempo depois do ataque falhado dos alemães, os ingleses montam os dois primeiros ataque aeronavais da História, a partir de transportadores de hidroaviões, mas sem qualquer sucesso.

 

O almirante Scheer resolveu então mudar de táctica e tentar levar a esquadra britânica a combater perto das bases alemãs, procurando a acção a qualquer preço, tanto mais que a partir de 24 de Abril de 1916, os alemães restringiram a guerra submarina devido à ameaça de os Estados Unidos entrarem na guerra. Resolveu atacar o porto de Sunderland para fazer os britânicos caírem numa emboscada de submarinos. Scheer achou que os submarinos poderiam complementar com sucesso a actividade das esquadras de superfície. Dezoito unidades foram enviados para as costas ingleses no sentido de montarem emboscadas à esquadra de Jellicoe em Pentland Firth e à de Beatty no Firth of Forth. Três submarinos deveriam lançar minas perto de Scapa Flow.

 

Assim apoiado, Scheer planeou uma grande acção de combate para 29 de Maio com vários dirigíveis “Zeppelin” para detectarem a tempo o aparecimento da “Grand Fleet”. A data inicialmente prevista foi o 17 de Maio, poucos dias depois da saída dos submarinos, mas um atraso nas reparações do Seydlitz fizeram adiar o evento para 29, um dia excessivamente ventoso para os dirigíveis voarem. Daí que Scheer tivesse abandonado a ideia de atacar Sunderland, preferindo mostrar a sua esquadra nas proximidades da sul da Noruega, na esperança de atrair só alguns navios britânicos e os destruir com facilidade. Para o efeito, fez avançar quatro cruzadores ligeiros à frente acompanhados por três flotilhas de torpedeiros e seguidos pelos seus cinco cruzadores de batalha.

 

No Lützow foi arvorado o pendão do almirante Hipper que seguia a bordo. Umas cinquenta milhas atrás navegava o grossa da esquadra de couraçados de Sheer pelo canal dragado entre os campos de minas no “Horns Reef”. Os submarinos tinham de retirar-se a 1 de Junho, por isso Scheer alterou o seu plano de batalha e saiu mesmo sem a observação aérea, começando por navegar ao longo da costa dinamarquesa, junto à península da Jutlândia ou Skagerrak, como é denominada em alemão. A ideia era fazer com que os cruzadores de batalha de Beatty e parte dos três esquadrões de couraçados de Jellicoe tropeçassem nos submarinos alemães que deveriam afundar o maior número possível de unidades. Os britânicos tomaram conhecimento pela TSF da saída alemã e levantaram igualmente as suas âncoras.

 

Cansados de esperar, resolveram travar a grande batalha, sem saberem que os alemães estavam a sair em força e as duas frotas, lançaram-se ao encontro uma da outra, sem, contudo, terem os respectivos almirantes o conhecimento do que iria suceder a seguir. Cada um julgava ir combater só uma parte da força inimiga. Scheer não sabia que toda a frota britânica tinha já as caldeiras acesas e avançava a todo o vapor contra os seu navios. Foi um caso exemplar do falhanço da teoria dos jogos, neste caso, de guerra.

 

Ambas as formações navais custaram mais do que o Produto Interno Bruto das duas grandes potências, apesar de então quase não se falar em medidas econométricas. A “Grand Fleet” deslocava no total um pouco mais de um milhão de toneladas com 60 mil homens, enquanto a “Hochseeflotte” agrupava 600 mil toneladas de navios e 45 mil homens. Nunca na História da Humanidade, tantos homens e navios enfrentaram-se num combate. As duas frotas apresentavam a seguinte composição:

 

Inglaterra: 28 Dreadnoughts; 9 cruzadores de batalha; 8 Cruzadores couraçados; 26 cruzadores ligeiros; 77 torpedeiros e contra-torpedeiros (destrutores); 1 transporte de hidroaviões.

 

 

Alemanha  16 Dreadnoughts; 6  pré-Dreadnoughts; 6 Cruzadores de Batalha;  11 Cruzadores ligeiros; 61 Torp. e contratorpedeiros; 18  Submarinos.

 

A acção dos submarinos germânicos falhou completamente. Com os grandes navios a navegarem a mais de vinte nós, acompanhados por dezenas de contratorpedeiros e cruzadores ligeiros, nenhum submarino conseguiu colocar-se em posição de disparar um torpedo, fundamentalmente porque não estavam no mar em quantidade suficiente. Scheer deveria ter enviado mais de uma centena de submarinos, só que a marinha alemã não dispunham ainda de tantos barcos, então mais navios de superfície com capacidade para submergir de vez em quando e por uma espaço de tempo relativamente curto do que autênticos submarinos.

 

O almirante britânico Jellicoe queria aproveitar a oportunidade para, graças à sua superioridade numérica, destruir o essencial da frota alemã sem grandes perdas. Ficaria assim com as suas unidades livres para dedicarem-se a outros objectivos estratégicos, incluindo acções de maior envergadura no Mediterrâneo, um eventual ataque no Báltico para apoio das forças terrestres russas e protecção da marinha mercante em todos os mares. Scheer, por seu lado, esperava infligir alguns graves danos na frota britânica e regressar rapidamente à protegida baía alemã. A meia volta rápida de toda a formação foi muito treinada e era executada primorosamente pelos germânicos, pelo que o almirante alemão sabia que numa situação melindrosa poderia evitar a destruição dos seus navios. Tanto mais que era do conhecimento geral o medo que aos britânicos inspiravam os submarinos e as minas. Por isso, Jellicoe nunca iria perseguir a esquadra alemã a sul da Jutlândia.

 

Jellicoe pregou uma partida a Scheer, juntando aos seis cruzadores de batalha do almirante Beatty o quinto esquadrão de couraçados do contra-almirante Evan-Thomas com os quatro gigantes Warspite, Valiant, Barham e Malaya, mas de modo a que os alemães não dessem logo por isso, daí o esquadrão navegar um pouco atrás dos navios de Beatty que deveriam iniciar as hostilidades. Umas boas milhas a seguir navegava o grosso da esquadra de Jellicoe com os 1º, 2º e 4º Esquadrões de couraçados e o 3º de cruzadores de batalha, além de 12 cruzadores ligeiros e 52 destrutores.

 

A batalha foi de curta duração, dividindo-se em cinco fases: uma primeira escaramuça entre cruzadores ligeiros, iniciada às 14.15, seguida dum choque frontal entre cruzadores de batalha de Hipper e os navios de Beatty, a partir das 15.48 e, depois das 16.00, com os couraçados de Evan-Thomas e, por fim, o combate entre os grandes couraçados iniciado pelas 17.27 e terminado por volta das 21.17. A fase final foi a da continuação pela noite fora do combate travado entre torpedeiros, contratorpedeiros e cruzadores ligeiros, resultante em particular da tentativa bem sucedida por parte dos torpedeiros alemães de evitar a perseguição aos navios alemães pelos britânicos, obrigando as formações dos cruzadores e couraçados a desligarem-se da luta.

 

Tudo terá começado pelas 14 horas, quando os grandes contratorpedeiros alemães B-109 e B-110 de 1.374t mandaram parar o vapor dinamarquês N. J. Fjord, o que atraiu as atenções dos cruzadores ligeiros britânicos Galatea e Phaeton que faziam parte da cortina de protecção de bombordo dos cruzadores de batalha de Beatty. Os cruzadores ligeiros ingleses julgaram ver cruzadores inimigos, informando o almirante Beatty pelas 14.20. Poucos minutos depois abriram fogo a uns 11 mil metros de distância contra os destrutores alemães. Beatty ao receber a informação sobre a presença de navios alemães começou por ordenar a mudança de rumo para Norte, mas pelas 14.32 mudou de ideias e resolveu enfrentar a força alemã, desconhecida para si e para o almirante Jellicoe que navegava bem mais atrás com as suas esquadras de linha.

 

Na sala 40 do Almirantado, em Londres, havia já o conhecimento perfeito da composição da frota alemã que estava no mar, mas nada foi comunicado a Jellicoe e Beatty, obrigados assim a decidir como que por instinto ou sob o impulso que os levava para a luta, sabendo que não era mais possível para a sua gigantesca arma continuar descansada nos portos bem abrigados, enquanto milhões de compatriotas e aliados lutavam e morriam diariamente nas trincheiras.

 

Também terá sido esse o impulso que levou Scheer para o mar. Entretanto, a batalha em torno do vapor norueguês, que outros historiadores escrevem ter sido antes a barca norueguesa Telemark, tornou-se mais violenta com o aparecimento do cruzador ligeiro alemão Elbing de 4.390t e 8 peças de 150 mm a tentar socorrer os dois contratorpedeiros da classe B. Pelas 14.35, o Elbing atinge o Galatea de 3750t com 2 peças de 152 mm que informa Beatty da presença de grandes cruzadores de batalha alemães, os quais na verdade mais não eram que os cruzadores ligeiros Frankfurt e Pillau a fazerem muito fumo das suas caldeiras aquecidas a carvão.

 

Beatty com 6 cruzadores de batalha julgou que podia enfrentar com sucesso os cinco cruzadores de batalha do almirante Hipper, principalmente porque esperava ser rapidamente reforçado com a 5ª Esquadra de Linha sob o comando do almirante Evan-Thomas.

 

Tacticamente, não havia qualquer diferença entre as acções britânicas e alemãs. Ambos os países utilizavam os cruzadores de batalha rápidos com cruzadores ligeiros e torpedeiros ou destrutores como batedores disponíveis para o primeiro choque. Só que nos navios mais modernos, a fronteira entre cruzador de batalha e couraçado quase já não existia, daí a utilização do esquadrão de Evan-Thomas à frente, apesar de a sua velocidade ser só de 23 nós, enquanto boa parte dos cruzadores de batalha fazia 26 a 30 nós.

 

Antes disso, Beatty ordenou ao transporte de hidros Engadine que lançasse para o ar um dos seus Short 184 para observar a presença dos navios inimigos, mas o piloto não foi capaz de transmitir os dados colhidos aos almirantes britânicos Beatty e Evan-Thomas. Os hidros então ainda não tinham capacidade para transportar aparelhos de TSF. Entretanto, Hipper navegava lentamente, primeiro para oeste e depois para sul-oeste, julgando que ia enfrentar um certo número de cruzadores ligeiros britânicos e afundá-los rapidamente. Ao mesmo tempo, Beatty ordena a viragem para noroeste aos cruzadores de batalha que avistaram os seus homólogos germânicos pelas 15.22 com o Seydlitz à frente. Ambas as formações formaram em linha e aproximaram-se até a umas 16.000 jardas (14.560 metros), estando os alemães em vantagem quanto a visibilidade e luz, mas os britânicos tinham mais um cruzador de batalha que aqueles e abriram fogo em primeiro lugar pelas 15.48 só com as torres dianteiras. O Lion e o Princess Royal começaram a alvejar o Seydlitz; o Tiger e o New Zeland despejaram o seu fogo sobre o Moltke, enquanto o Indefatigable iniciava um duelo com o Van der Tann.

 

O Derflinger ficou inicialmente um pouco esquecido, navegando mais para trás, a fumarada não permitiu que fosse bem visto até começar a disparar sobre o Princess Royal. Os britânicos estimaram mal a distância a que estavam dos germânicos, regulando as suas alças para 16.300 metros, pelos que as suas granadas caíam muito para lá da linha de batalha alemã. O Lützow começou por disparar um cano de cada vez com granadas de perfuração de blindagem para tentar depois uma bordada única com as suas oito peças de 305 mm que se mostrou demasiado curta, obscurecendo o alvo, pelo que reduziu a sua cadência para uma bordada de quatro peças de cada vez. Mas, o melhor tiro inicial partiu do Moltke que não deixou o Tiger disparar mais do que duas salvas até ver as suas torres Q e X postas fora de acção. A X foi avariada temporariamente por uma granada que perfurou a barbeta sem explodir. O Tiger voltou a ser atingido por mais nove tiros, dois dos quais perfuram a couraça lateral, explodindo já no interior do navio. O navio-almirante não foi muito feliz, pois foi atingido muitas vezes pelo Lützow, só que nem todas as granadas alemãs explodiram. A terceira granada quase afundava o Lion, entrando na torre Q para fazer voar a cobertura superior. Toda a infeliz guarnição foi despedaçada pela explosão da granada e pela ignição da muita cordite que estava no interior da torre. Um valente marinheiro conseguiu descer para baixo e avisar o pessoal do paiol para fechar as respectivas portas e inundar a câmara das munições, evitando que o incêndio se propagasse para baixo.

 

A sorte do Lion não foi a mesma do Indefatigable que ao ser atingido por dois tiros de 280 mm do Von der Tann explodiu numa enorme nuvem de fumo e fogo. Parece que uma das granadas penetrou na barbeta de uma torre de artilharia cheia de sacos de cordite que arderam repentinamente. O fogo propagou-se aos paióis de munições que fizeram voar a popa do navio e afundar o resto, deixando só dois sobreviventes da sua desditosa guarnição de 1.019 almas.

 

Uns vinte minutos depois, o Lion, com o almirante Beatty a bordo, volta a ser atingido, enquanto o Seydlitz acertava quatro tiros de 280 mm no Queen Mary de 26.770t com 8 peças de 343 mm.

 

Uma das granadas alemãs atingiu um paiol de munições da vante do gigantesco cruzador de batalha, fazendo explodir toda a proa e provocar outra explosão a meia-nau que fez voltar o navio e afundar-se instantaneamente de quilha para cima com quase toda a sua guarnição de 1.266 oficiais e marinheiros, salvando-se só vinte homens. Antes de ser assim atingido, o Queen Mary encaixou quatro tiros no Seydlitz; o primeiro acertou um pouco à frente do mastro, fazendo estragos no interior e nas cobertas principais, o segundo penetrou pela barbeta da torre da popa, fazendo explodir duas cargas de cordite apenas e iniciando um incêndio que não se propagou para a zona dos paióis. Os alemães não mantinham mais do que uma ou duas cargas de cordite nas torres, além disso tinham-nas parcialmente encartuchadas em latão, o que não permitia a propagação do fogo, ao contrário dos ingleses que utilizavam exclusivamente sacos de seda para meter a cordite nos canhões. Os seus paióis estavam bem protegidos por couraças longitudinais de aço-níquel bem no fundo do navio e numa posição intermédia uns segundos paióis de abastecimento directo das torres ainda bem protegidos mas com poucas granadas, Praticamente, cada granada que subia para a torre era para ser imediatamente disparada, numa cadência de uma por vinte segundos nas peças de 305 mm, não se fazendo reservas em zonas acima da linha de água. A carga propelante era constituída por um cartucho de latão e um saco de seda com cordite, dado que então a indústria não fabricava invólucros de latão suficientemente grandes. Mas, para as outras peças, o cartucho estava inteiramente revestido de latão. Para além disso, o facto de só utilizarem o carvão como combustível e não o petróleo ajudou muito a proteger os navios alemães de incêndios e explosões instantâneas.

 

Outro dos tiros apanhou a blindagem imersa do Seydlitz, provocando alguma entrada de água, o que mais não fez do que pôr bombas de escoamento a funcionar. O Seydlitz foi terrivelmente castigado durante a batalha, mas regressou à base ainda em condições de fazer disparar algumas das suas peças, mesmo com o convés quase ao nível da água.

 

Apesar dos dois navios afundados, o almirante Beatty manteve a sua fleuma britânica, limitando-se a dizer a um dos seus oficiais de estado-maior. "Há algo que hoje não está bem nos nossos malditos navios". Os esquadrões britânicos continuaram o combate, pois mantinham ainda uma superioridade de oito para cinco grandes navios com a entrada em acção dos quatro gigantescos couraçados de Evan Thomas com as suas peças de 15 polegadas (381 mm). O Lützow recebeu ainda mais dois tiros do Lion na coberta da proa, causando estragos de importância relativa. O aço Krupp aguentou bem esses impactos. Quase ao mesmo tempo, o Tiger atinge o Moltke na cintura imersa, provocando uma pequena entrada de água, e em seguida consegue com dois tiros pôr duas torres do Von der Tann fora de combate, mas sem causar estragos que levassem o navio para o fundo, apesar de se tratar do cruzador de batalha mais antigo e menos protegido do esquadrão de Von Hipper. O navio continuou a disparar com as peças que lhe restavam até ter de suspender o fogo por excesso de aquecimento. Uns minutos depois, o couraçado Barham de 25.500t com 8 peças de 381 mm atinge o Von der Tann com uma granada altamente explosiva, causando grandes rasgões na cintura de protecção e muita vibração. As peças de 381 mm alcançavam mais de 18 mil metros de distância, o que não era correspondido pelos canhões alemães de 305 mm, cujo alcance preciso não ia além dos 16 mil metros. O leme do cruzador de batalha alemão ficou inactivo temporariamente e mais de mil toneladas de água penetraram no interior do navio.

 

 Vendo o Von der Tann envolto em fumo, o Barham e o seu gémeo Valiant concentraram o seu poderoso fogo de 381 mm no Moltke que foi severamente castigado, enquanto o Warspite e o Malaya da mesma classe do Barham voltavam-se para o Von der Tann. Os alemães lutavam desesperadamente contra a superioridade numérica dos navios ingleses e principalmente contra o maior calibre das suas peças. O Queen Elizabeth, o Warspite, o Valiant , o Barham e o Malaya eram efectivamente navios novíssimos de um poder e velocidade sem igual no mundo naval de então.

 

Entre as duas linhas de cruzadores de batalha que se "suicidavam" mutuamente, outra batalha desenrolava-se com não menos ferocidade: a dos cruzadores ligeiros, torpedeiros e contratorpedeiros. Os grandes destrutores britânicos aguentaram mais, como o Obdurate atingido por duas granadas do cruzador Regensburg. Por sua vez, os torpedeiros germânicos V 29 e V 27 são afundados; o primeiro por um torpedo lançado pelo Petard e o segundo por tiros de artilharia. Todos os torpedeiros gastaram os seus torpedos na tentativa de afundar os cruzadores de batalha a distâncias relativamente grandes, mas sem sucesso.

 

Pelas 16.33, Beatty vê aparecer na linha do horizonte o couraçado alemão König de 25.390 t. e dez peças de 305 mm, calculando que fosse o primeiro dos esquadrões principais de Von Hipper, pelo que às 16.40 ordenou a mudança de rumo para norte, a fim de se desligar do combate até se lhe juntar a esquadra de Jellicoe. Durante essa manobra, os alemães continuaram a disparar, mas só atingiram o Barham, avariando-lhe as antenas de TSF. Para proteger a retirada temporária dos esquadrões de Beatty e Evan-Thomas, os torpedeiros britânicos atacaram em força com os seus torpedos, conseguindo atingir o Seydlitz, mas sem perturbar o seu andamento, dada a qualidade da cintura blindada anti-torpedo, mas uma das casas das caldeiras começou a ser alagada.

 

A missão subsequente do almirante Beatty era levar aquilo que ele julgava ser uma parte da esquadra alemã para o campo de tiro dos grandes couraçados britânicos de Jellicoe, superiores em número, tonelagem e potência de fogo. Por isso, ordenou a retirada para Norte dos seus cruzadores de batalha, mas os couraçados de Evan-Thomas não viram o respectivo sinal pelo que a troca de tiros se manteve após um curto interregno, continuando os Queen Elizabeths a mostrar o seu valor, fazendo com que o Seydlitz e o Derflinger recebessem mais um impacto cada de 340 mm, enquanto o Lützow ainda consegue atingir o Lion com uma das suas granadas de 305 mm.

 

Entretanto, aparece a primeiro divisão de três cruzadores de batalha britânicos comandado pelo almirante Hood, a bordo do Invincible, que recebe toda a atenção dos torpedeiros alemães sem chegarem à distância de tiro por terem de enfrentar a escolta dos contratorpedeiros britânicos. O mar do Norte que deveria estar calmo nesse dia solarengo, parecia agitado por um ciclone com as ondas provocadas pelos gigantescos navios a navegar a alta velocidade e pelas numerosas granadas que caíam na água. Os pequenos torpedeiros alemães quase se afundavam com essa agitação, mas tentavam tudo para lançar com êxito os seus torpedos. O Invincible numa manobra de evasão vê o seu leme bloqueado, parando envolto em nuvens de vapor das válvulas de segurança, para retomar depois a faina bélica.

 

Devido a erros na determinação de posições, os navios do almirante Horace Hood, apesar de navegarem a 24 nós, não encontraram os esquadrões de Beatty, mas um dos seus cruzadores de protecção, o Chester de 5185t armado com 10 peças de 140 mm, foi atacado por quatro cruzadores ligeiros alemães, sendo atingido por 17 impactos que o deixaram severamente avariado. Mas, entretanto, os cruzadores de Hood abriram fogo sobre os cruzadores ligeiros alemães, quase destruindo o Wiesbaden, no qual morreu o célebre oficial, escritor e poeta naval Georck Foch, e o Pillau, enquanto os torpedeiros germânicos tentavam evitar a aproximação dos navios de Hood, mas sem êxito. Os torpedos passaram rente aos navios britânicos, enquanto os torpedeiros germânicos mal se aguentavam à tona daquele mar cada vez mais turbulento.

 

Esta batalha impediu os alemães de verem aproximar-se o grosso dos grandes esquadrões de super-couraçados de Jellicoe. Hipper, por sua vez, ficou tão preocupado com a presença dos três navios de Hood que resolveu fazer meia volta para trás com os seus muito atingidos cruzadores de batalha, evitando assim cruzar o T frente aos navios de Beatty, o que poderia ter sido desastroso para os britânicos já que os primeiros couraçados de Scheer estavam já nas águas da batalha. Hood assume como que o comando da primeira linha, a partir do seu navio-chefe, o cruzador de batalha Invincible de 17.373t armado com 8 peças de 305 mm, colocando-se à frente dos navios de Beatty e Evan-Thomas, navegando de modo a manter a linha germânica à vista.

 

Jellicoe com o grosso da esquadra britânica nada sabia do que se passava mais à frente e não tinha ainda informações sobre as posições dos navios de Scheer. Os britânicos navegavam em divisões de quatro navios cada de leste para oeste e necessitavam de formar uma linha para entrar em combate com os navios alemães, só que necessitavam de mais informações.

Beatty ao saber que as formações de Jellicoe estavam próximas, resolveu mudar de curso para enfrentar de novo os navios alemães, à cabeça da linha de Jellicoe. Enquanto manobrava, Beatty viu passarem-lhe pela retaguarda da sua linha, o primeiro esquadrão de cruzadores couraçados do almirante Arbuthnot com os velhos e enormes cruzadores antigos de 14.000 toneladas armados com poucas peças, o Defence e o Warrior. Estes navios ao verem o semi-destruído Wiesbaden resolveram acabar com aquele cruzador ligeiro alemão, colocando-se inadvertidamente sob o fogo dos cruzadores de batalha alemães. O Defence foi atingido por uma autêntica chuva de granadas, uma das quais fez explodir um dos seus paióis de munições, levando-o para o fundo com a totalidade da sua infeliz guarnição de 1.820 homens, o seu companheiro Warrior foi atingido por vinte e um tiros, mas foi salvo porque, entretanto, aproximou-se o esquadrão de couraçados de Evan-Thomas, o que levou os alemães a desviarem as suas atenções para uma "caça mais grossa". O Warrior ainda foi rebocado pelo Engadine, mas afundou-se a caminho da base. O valente almirante Hood colocou-se bem à frente dos navios de Beatty; os seus navios estavam mais frescos e ainda bem municiados. O Invincible e o Inflexible atingem o Lützow semi-destruído com mais oito tiros de 305 mm, o que permitiu a entrada de mais umas 700 toneladas de água; outro tiro na proa provocou um novo rombo com entrada de água e redução de velocidade.

 

Quase ao mesmo tempo, o Derflinger volta a ser castigado com dois impactos recebidos do Inflexible que também conseguiu atingir o Seydlitz. Pouca artilharia restava já ao Lützow e ao Derflinger, mas quando o Invincible chegava à curta distância de mil metros com os restantes navios do esquadrão para acabar de vez com os dois cruzadores de batalha alemães, recebeu do Derflinger duas salvas em cheio, uma na torre Q que fez explodir a cordite e as granadas prontas a irem para os canhões, provocando um incêndio rápido que se propagou ao paiol que alimentava as torres Q e P, fazendo o navio literalmente ir para os ares numa gigantesca explosão, partindo-se em duas partes que se afundaram em minutos, levando consigo o almirante Horace Hood mais 1.020 homens da guarnição. O contratorpedeiro Badger só conseguiu recolher 6 sobreviventes. Foi a vingança do Lützow, cujas superstruturas foram praticamente destruídas e o convés estava quase ao nível de água, pelo que recebeu ordens para se retirar da linha de batalha.

 

A decisão de Jellicoe de navegar para sudeste revelou-se acertada, pois a sua linha de batalha com mais de 13 quilómetros de comprimento esteve em vias de cruzar em T a desfalcada linha alemã e envolver toda a esquadra de Scheer, metendo-a no chamado "caldeirão". Pelas 18.17, o Iron Duke de 25.000t armado com 10 peças de 342 mm abriu fogo a uns 12 mil metros de distância, atingindo o König, que liderava a linha de batalha de Scheer, com sete granadas das suas peças gigantescas, as quais provocaram alagamentos que evitaram o incêndio da cordite e a explosão dos paióis.

 

O Marlborough da mesma classe do Iron Duke conseguiu atingir também o König ao mesmo tempo que o Markgraf era atingido pelo Orion. Aquele couraçado alemão conseguiu, por sua vez, colocar duas granadas no Princess Royal a uns 12.500 metros de distância, destruindo-lhe a torre X.

 

A linha britânica passou quase toda pelo que restava ainda a flutuar do cruzador ligeiro Wiesbaden que não queria ir para o fundo por mais impactos que recebesse. Por incrível que pareça, o cruzador alemão conseguiu ainda lançar um torpedo que atingiu o couraçado Marlborough, alagando-lhe uma das casas das caldeiras e foi um dos poucos torpedos que atingiu um navio na batalha da Jutlândia.

 

                                               Retirada Eficaz dos Alemães

 

Entretanto, o almirante alemão Scheer percebeu que tinha à sua frente toda a esquadra britânica, só enfraquecida pela perda de três grandes navios, mas ainda com 35 unidades capitais, enquanto das 21 unidades alemãs que verdadeiramente contavam mais 6 pré-Dreadnoughts de limitada utilidade, cinco estavam muito avariadas, mesmo que ainda a combater. Por isso, Scheer ordenou a meia volta completa para desligar a sua linha de batalha da esquadra de Jellicoe. A manobra foi realizada em poucos minutos e Jellicoe perplexo viu os navios alemães desaparecerem no horizonte, incapaz como estava de os perseguir através de um campo minado e com medo dos torpedos, já que nessa altura todos os torpedeiros alemães atacavam em força para evitar o avanço da esquadra britânica.

Os cruzadores de batalha de Von Hipper deveriam cobrir a retirada, pelo que rodaram de mais 180 graus, avançando de novo contra os britânicos, e mais uma vez aguentaram ainda alguns impactos directos. O Derflinger comandava agora a formação, porque von Hipper foi obrigado a abandonar o castigado Lützow e não conseguiu embarcar no novo navio-almirante, o Seydlitz.

O Derflinger é, a dada altura, obrigado a parar, porque uma das redes anti-torpedos se enrolou nos hélices, mas foi possível resolver o problema e deitar fora aqueles incómodos artefactos. Mas, pouco tempo depois, o Derflinger volta a ser castigado, sendo atingido pelo Revenge que lhe destruiu mais uma das suas torres de artilharia. Segundos depois, outra granada do mesmo couraçado atingiu o navio alemão, provocando o incêndio de cordite, prontamente apagado pelos membros da guarnição encarregados de limitarem as avarias; a cordite encartuchada não explodia, limitava-se a arder com longas labaredas que chegava aos trinta metros de altura, mas que acabaram por ser apagadas. Depois, o Derflinger já quase sem poder disparar ainda recebeu cinco tiros de 305 mm do Colossus e um do Collingwood que explodiu no interior do navio em plena enfermaria, matando todos os feridos e pessoal sanitário que estava lá. E não foi tudo, o Derflinger encaixou mais duas granadas de 380 mm do Royal Oak e uma de 305 mm do Bellerophon, uma dessas granadas de 380 mm penetrou na cúpula da terceira torre, atravessou-a e explodiu no seu interior, matando toda a guarnição, incluindo o pessoal da câmara de munições situada imediatamente abaixo da torre, num total de 80 homens. Nessa altura, com parte da aparelhagem de pontaria destruído, o Derflinger atirava só com as duas torres de vante, visando os clarões das peças inimigas, enquanto recebia no seu interior impacto sob impacto de granadas de 380 mm. Uma granada destrói a câmara das cartas e abre a porta da casamata de comando de artilharia, outra fecha a mesma porta, fazendo o comandante da artilharia George von Hase comentar: "que bem educados que são os ingleses". Ao todo, o Derflinger recebeu vinte granadas de 380 mm, disparadas pelos célebres canhões britânicos de 15 polegadas, então os maiores do Mundo. Além disso, explodiram no Derflinger mais umas dezenas de granadas de calibres mais pequenos, também sem que o navio explodisse e fosse para o fundo. No fim do combate, os sistemas telefónicos estavam avariados e as ordens eram dadas oralmente de marinheiro a marinheiro às torres da vante que ainda podiam disparar, mas telémetros e outra aparelhagem estavam praticamente destruídas, salvo os aparelhos instalados no interior das cúpulas blindadas.

 

O Seydlitz, por sua vez, recebeu quatro tiros do Hercules e do St. Vicent, mas conseguiu ainda com uma das poucas peças que lhe restavam acertar no Colossus, enquanto o König encaixou sete granadas disparadas pelo Marlborough. O couraçado alemão Markgraf ainda foi atingido com um tiro.

 

Perante tal "carnificina", Scheer ordenou a retirada dos cruzadores de batalha alemães e mandou que os  torpedeiros  mantivessem o ataque com torpedos e formassem uma nuvem de fumo para encobrir a linha alemã. Os alemães estavam então quase cercados pelas forças de Jellicoe, o que permitiu ao Princess Royal voltar a atingir o Seydlitz com duas granadas, sem resposta, já que este navio não dispunha de mais directores de tiro funcionais e tinha perdido três torres de artilharia pesada.

 

Por sua vez, o Lion consegue ainda pôr a última torre do Derflinger fora de combate com um tiro que lhe avariou o sistema de rotação, mas os mecânicos de bordo saíram para fora e sob o fogo inimigo conseguiram reparar o mecanismo de modo a que a torre voltasse a disparar.

 

Ainda houve mais trocas de tiros, mas praticamente de efeito nulo, já que os navios de ambas as forças foram só atingidos por estilhaços de granadas. Pelas 20.40 terminava de vez o combate entre os grandes navios, continuando a luta entre torpedeiros, contratorpedeiros e cruzadores ligeiros. Mesmo assim, por volta da meia-noite, o velho couraçado Türinger passou pelo cruzador-couraçado Black Prince, iluminando-o com os holofotes a 1.000 metros e despachando-o para o fundo com quinze granadas de 305 mm. O Black Prince tentava dar apoio de artilharia ao ataque concentrado dos destrutores britânicos que tentavam torpedear os navios alemães em retirada. Só conseguiram acertar no cruzador ligeiro Rostock que ficou à deriva, mas quando os contratorpedeiros se aproximaram para o liquidar foram de tal modo atingidos pela artilharia do Rostock que muito a custo conseguiram fugir da zona.

 

O torpedeiro Ardent tentou atacar o Westfalen, acabando por explodir com os impactos da artilharia secundária do couraçado alemão. Pelas 2.00 da noite, os contratorpedeiros britânicos conseguiram aproximar-se da linha dos couraçados mais antigos alemães, cuja resistência era muito mais limitada, sendo mesmo denominados pelos ingleses pelos "Five minutes ships", navios que iriam para o fundo em cinco minutos. Assim, o Pommern acabou explodindo devido ao impacto de um torpedo lançado pelo Onslaught, mas logo de seguida, o Schleswig-Holstein destrói a tiro a ponte daquele destrutor, matando-lhe o capitão, além de outros membros da guarnição. O velho Pommern de 1905 com 844 homens foi o único dos grandes navios alemães a ir para o fundo em combate. O Lützow muito avariado e à deriva foi afundado pelos torpedeiros alemães depois de salvarem quase toda a guarnição.

 

Depois das três da madrugada terminava de todo a batalha e ambos os lados anunciavam uma vitória esmagadora. Os alemães consideraram-se vencedores por terem infligido 5.672 baixas contra 2.115 do seu lado, afundado três grandes navios modernos e três antigos contra dois perdidos, dos quais só um era moderno, enquanto os ingleses pretenderam que ficaram com o domínio dos mares e que a sua esquadra estava disponível para no dia seguinte voltar a travar um combate que iria certamente desfazer as formações germânicas. Claro, é mais que duvidoso que dia seguinte Jellicoe teria tomado a decisão de combater, sabendo já como os seus navios eram vulneráveis, mesmo com o dobro das forças do seu lado.

 

Na verdade, foi uma derrota de ambos os países que nunca mais voltaram a combater no mar com todo o seu potencial. A Alemanha perdeu certamente a Batalha da Jutlândia, ou ganhou-a por não ver a sua esquadra destruída. A Inglaterra ganhou, pagando um alto preço, como escreveu o historiador Hollow Frost que acrescentou: Nunca mais outras marinhas como a japonesa na II. Guerra Mundial e, até a aliada americana deixariam intimidar pela força poderosa e esmagadora da tradição naval britânica.

 

Robert L. O Connel, que cita esse historiador na sua História da Guerra, escreve ainda: Com efeito, a batalha assinalou o fim de um reinado de três séculos e um quarto. Britannia deixou de dominar os mares, salientando ainda, "nenhuma racionalização podia apagar o facto de vinte frágeis barquinhos a disparar torpedos terem corrido toda a frota inglesa para fora de combate, num momento decisivo e assim como Lepanto marcou o fim da galera com esporão, a Jutlândia assinala o fim do navio de linha. Claro, há algum exagero aqui, pois a verdade limitou-se ao combate nocturno e os torpedos não foram tão eficazes assim, causavam era um certo receio. Mas, foi depois nos anos vinte que os britânicos pagaram o preço da Batalha da Jutlândia ao terem de aceitar o Tratado de Washington de limitação de armamentos navais e equilibrar as suas forças com a dos japoneses, norte-americanos e franceses tratando-os a todos mais ou menos como iguais. Nunca mais a Inglaterra voltou a ter uma Armada que dominasse os mares do Planeta. Esse papel passou depois para japoneses e americanos, acabando estes últimos por conquistarem um poder tal que torna ridícula a existência de qualquer outra marinha de guerra excepto para patrulha costeira.

 

A superioridade numérica da artilharia dos ingleses foi muito abalada pela extraordinária capacidade de encaixe dos mais modernos navios alemães, principalmente os cruzadores de batalha, associada à resistência até aos limites do possível das guarnições que em acção eram capazes de tudo, mas parados e sujeitos a uma disciplina rígida nos portos ficaram com a paciência esgotada, levando-os à revolta que degenerou em revolução e fuga do infeliz que se auto-intitulava de César (em alemão Kaiser) dos alemães. Pobre César que à custa de tanto disparate destruiu a Pátria que era suposto governar e defender.

 



publicado por DD às 02:00
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