Quando os portugueses chegaram às Ilhas dos Oceanos Indico e Pacífico, nomeadamente às Celebes, viram uma grande número de canoas de casco fino duplo ou monocascos com um ou dois flutuadores laterais para manter o equilíbrio ou formando catamarans de diversos tipos. Os cascos eram frequentemente escavados numa só árvore e as pequenas canoas moviam-se quase sempre à vela enquanto que as grandes ostentavam um importante aparelho vélico. As primeiras seriam as que o cronista e historiador náutico português chamou de “balanços que se remam de pangaio”. Diogo do Couto também refere aos “balanços” com dez a doze homens cada.
Principalmente, foram os catamarans primitvos que navegaram durante séculos, mesmo mais de cinco séculos antes de Cristo, ou mesmo até quatro milénios de acordo com alguns estudiosos da náutica primitiva por toda a polinésia e Melanésia, trazendo populações originárias da Malásia, Sião, China, Índia e, talvez, América do Sul a quase todas as ilhas do Pacífico por incrível que pareça dadas as enormes distância e a ausência de instrumentos de navegação.
A canoa ou piroga polinésia proporcionou a mais inteligente solução para resolver o problema de desfraldar uma grande vela numa pequena embarcação sem perder a estabilidade e sem recorrer a um casco demasiado largo que oponha uma grande resistência ao movimento ou provido de quilha com um pesado lastro. Inicialmente o problema aquodinâmico não deverá ter estado na mente dos primeiros construtores de canoas balanceadas, já que não se conhecia outra técnica de construir um casco que não fosse o de escavar uma árvore.
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