Foto: Antevisão Informática do que será o "World Explorer"
Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, agora pertencentes à Martinfer com o nome WestSea, já não estão condenados ao desemprego e ao fim da sua atividade, apesar da sabotagem criminosa de Bruxelas que recusou um financiamento para a construção em Portugal do primeiro paquete de cruzeiros.
Graças aos esforços do governo de António Costa que incentivou um empréstimo da CGD, do Montepio e do Banco Carregosa associado à emissão de um crédito obrigacionista de 50 milhões de euros, o navio começou a ser construído em Julho passado para ser entregue antes de Novembro de 2018. O seu custo total poderá variar entre 70 a 100 milhões de euros.
Não se trata de um caixote gigante como são os enormes navios de cruzeiros, mas uma elegantíssima embarcação de passageiros de 9.300 toneladas de arqueação bruta com 126 metros de comprimento, 19 de boca e 4,7 de pontal destinado a 176 passageiros alojados em 86 camarotes de luxo com varanda para o exterior.
O navio destina-se a cruzeiros exóticos em regiões remotas como a Antártida, estando já afretado para cruzeiros nessa área. Também irá ao Amazonas e a muitos locais interessantes.
Este paquete é o primeiro alguma vez construído em Portugal, podendo lançar Viana do Castelo na grande rota de construtores de navios de cruzeiro de tamanho médio que têm hoje mais procura que os gigantes de construção alemã e muito caros. Trata-se um setor em que a China e a Coreia do Sul ou o Japão não concorrem ainda com êxito.
Tecnicamente há um acordo com a Rolls Royce que vai fornecer a motorização diesel-elétrica na base de três motores Diesel Berger e motores elétricos com 9.000 kw de potência.
O armador é o conhecido Mário Ferreira da Douro Azul, mas o dinheiro vem de vários lados, principalmente de dois bancos estatais, devendo ser o primeiro de uma série de navios iguais ou semelhantes, mas não se sabe ainda se a construção será portuguesa dada a dificuldade em financiá-la com capitais portugueses por causa do bloqueio da União Europeia, Schaeuble e Juncker, que não querem ver concorrentes a trabalhar em Portugal em melhores condições que na Alemanha.
A construção de um navio tão grande para a tradição portuguesa representa uma aventura marítima em que António Costa se meteu para proporcionar outra grandeza a Portugal.
A fazer justiça à tradição histórica de país explorador dos mares, o navio será mesmo um "Explorador do Mundo".
Para o Governo, Portugal tem de regressar aos mares e não apenas para nadar nas praias.
Costa está mais empenhado na indústria portuguesa que o governo do bem derrotado Passos Coelho e Portas/Cristas.
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